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segunda-feira, 30 de junho de 2025

As Medidas do Sabor


O problema de tomar medidas

é saber qual sabor escolher.

Morango, tempos, distâncias, atitudes?

Alguns são palatáveis, outros bem amargos.


Pensamento que, por si só, já é um poema,

pois inevitavelmente gera reflexão,

tanto na cabeça quanto no coração.

Mas é preciso ir além:

as medidas devem ser comigo ou com alguém?


Temos o relógio, a régua e a decisão,

mas também o liquidificador.

Raciocino com a lógica

ou jogo tudo no triturador?


Às vezes, degustar o resultado de uma centripetada

é bem melhor do que esperar ou me deslocar.

Vamos provar as misturas que a vida nos serve

e deixar que as medidas cumpram seus ciclos

e nos saciem com o que há de melhor por vir.


@AdilsonDi

domingo, 15 de junho de 2025

Fases frias

Tem momentos em que tudo esfria.

A alma, o olhar, as respostas.

Um balde de água fria vindo de onde menos se espera —

da vida, das pessoas, ou de nós mesmos.


A gente espera o sim,

mas vem o não.

Busca um abrigo,

mas encontra portas entreabertas,

cheias de incerteza.


Tomar um gelo não é só silêncio do outro.

É também o eco das nossas próprias dúvidas.

É aquele instante em que o coração se retrai,

e a esperança pede um tempo.


Nem tudo que parece furada era ilusão desde o início.

Às vezes, era só o tempo errado.

Ou o lugar errado.

Ou a gente tentando ser certo demais onde não cabia mais certeza.


Mas o frio ensina.

Dói, mas ensina.

Ensina a reconhecer calor de verdade.

A valorizar o que permanece.

E a não se perder onde não há reciprocidade.


@AdilsonDi


sábado, 7 de junho de 2025

Poeira

Fui, voltei, pra lá e pra cá.

Saí quantas vezes eu quis.

Fiquei por vontade, por desejo,

mesmo que sem sentido.

O que importava era estar,

compartilhar, sentir, vivenciar.


Pela ampulheta escorriam os instantes.

O fim do setênio iria chegar;

alguém precisava decidir:

virar, mudar, sacudir, tentar.


A areia escorreu, e ninguém mexeu.

O fim do ciclo chegou.

Aquilo que parecia infinito findou,

e agora fica ali, na estante, empoeirando.


Cabe a mim levantar do sofá,

sacudir a poeira

e colocar o objeto no baú das memórias,

que escorrerão por entre as frestas do tempo,

até um novo tempo começar.


@AdilsonDi


sexta-feira, 6 de junho de 2025

Eu, consumido.

Levantei a qualquer dia, a qualquer hora,

no frio ou no calor

me entreguei, me superei

Transformei ingredientes em amor.


Sozinho, esperei.

Temperei a espera com esperança.

Enquanto na panela ferviam as expectativas,

no forno abatumava a reciprocidade.


Mesmo separando o melhor pedaço de carne,

a minha própria carne,

sou devorado, sem emoção.


O menir gourmet virou pirão,

coberto de frieza e servidão.


No fim da ceia

quem se oferece por inteiro

vira resto de si mesmo,

e na louça suja acumulada,

ficam as migalhas da indiferença.


@AdilsonDi


sexta-feira, 12 de maio de 2023

Noutros tempos

Meu tempo é agora. Chegou a hora de refletir sobre os erros e acertos da minha vida. Foram-se os dias em que praticava ações sem pensar nas consequências. Hoje, eu paro, penso, reflito e medito sobre o que pode resultar das minhas ações. Os meus ídolos não são mais artistas e políticos, mas sim aqueles que praticam o bem, aqueles que escrevem e falam sobre coisas boas para as pessoas e para a natureza, aqueles que dão exemplos de coisas positivas que ficarão marcadas eternamente na memória.


Todas as minhas fases foram maravilhosas, pois subi ao cume e desci a abismos. Dei voltas de 180 e 360 graus ao redor de mim e do que estava fazendo. Amei, sim. Compartilhei sabedoria, aventuras, risos e muitas cervejas com todos que se aproximaram de mim. Convivi com materialistas que tinham tudo o que sempre quiseram, mas ao olhar em seus olhos e ações, nitidamente dava para ver que sempre faltava algo, algo que nenhuma riqueza pode comprar. Convivi com os miseráveis, aqueles que têm fome e sede, mas que tinham em seus olhares a esperança e a vontade de ajudar e serem ajudados.


Aprendo todos os dias que é melhor observar, falar o mínimo necessário, evitar conflitos, dar razão às individualidades sem questionar ou opinar, afinal voltamos sempre a este plano para nos redimirmos daquilo que fizemos ou deixamos de fazer em vidas passadas. Como diz a música: 'cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é'.


Infelizmente, enquanto muitos procuram uma vida mais "good vibes", desapegando-se de conceitos, pessoas e coisas, outros ainda estão na busca incessante do material, agindo de forma egoísta e vil. Quiçá um dia a humanidade tome outra balançada como a pandemia que recentemente amenizou-se entre nós. Quem sabe entendam que é importante recusar, repensar, reduzir, reaproveitar, reciclar, reintegrar e responsabilizar-se pelas coisas que afetam a vida de todos ao redor. Quem sabe um dia deixem de jogar bitucas em qualquer canto, de andar de carro até o boteco da esquina ou de votar somente em um ou outro antagônico qualquer. A vida merece mais amor, respeito, carinho, empatia e muito mais Ubuntu, pois eu sou o que você é, e o que você faz por você e pelos seus. Viva e deixe viver.


@AdilsonDi


Pedi a opinião do ChatGPT sobre meu texto e ele ficou preocupado com as más interpretações que as pessoas poderiam ter, então pedi a ele que reescrevesse-o levando em consideração os pontos apontados por ele, e assim ficou:


"Vivemos em um mundo complexo, onde nossas ações podem ter consequências inesperadas e impactar a vida de outras pessoas e do meio ambiente. Por isso, é importante refletirmos sobre nossas escolhas e comportamentos, e buscar um equilíbrio entre nossas necessidades individuais e o bem comum.


Ao longo da minha vida, aprendi que é fundamental respeitar as individualidades e evitar julgamentos apressados. Por isso, acredito que devemos dar razão às pessoas sem questionar ou opinar, a menos que seja estritamente necessário. Essa postura pode ajudar a construir relações mais saudáveis e harmoniosas, baseadas na empatia e no entendimento mútuo.


Outro aprendizado importante foi sobre a importância do desapego em nossas vidas. Muitas vezes, nos apegamos a bens materiais ou a conceitos que nos impedem de enxergar a vida de forma mais ampla e significativa. O desapego, por sua vez, pode nos libertar dessas amarras e nos permitir buscar valores mais elevados, como a solidariedade, a compaixão e o cuidado com o meio ambiente.


Porém, sei que nem todos compartilham desses valores, e que ainda há muitas pessoas que agem de forma egoísta e vil, buscando apenas acumular riquezas materiais. Infelizmente, a pandemia que enfrentamos recentemente deixou isso ainda mais evidente. Mas, ao mesmo tempo, a crise sanitária também nos mostrou que é possível repensar nossos valores e atitudes, e buscar um mundo mais justo e sustentável.


Por fim, quero deixar uma mensagem de amor e respeito ao próximo. Cada um de nós tem suas dores e delícias, e devemos aprender a respeitar e acolher as diferenças. Acredito que, juntos, podemos construir um mundo mais humano, solidário e empático, onde a vida seja valorizada em todas as suas formas e manifestações."



É! A hora e a vez da tecnologia ta ai, mudando paradigmas e causando cada vez mais transformações e impactos na vida das pessoas. Seja o que Deus quiser.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

NEM UM LADO, NEM OUTRO, SÓ A VERDADE

"O dinheiro pode nos dar conforto e segurança, mas ele não compra uma vida feliz. O dinheiro compra a cama, mas não o descanso. Compra bajuladores, mas não amigos. Compra presentes para uma mulher, mas não o seu amor. Compra o bilhete da festa, mas não a alegria. Paga a mensalidade da escola, mas não produz a arte de pensar. Você precisa conquistar aquilo que o dinheiro não compra. Caso contrário, será um miserável, ainda que seja um milionário - Augusto Cury". Luiza Brunet, mulher linda, famosa, que chegou ato topo da piramide, casando-se com um dos homens mais ricos do mundo, publicou esta frase após o vergonhoso termino de seu relacionamento com o milionário Lírio Parisotto. Como em briga de marido e mulher não se mete a colher, não defenderei nem um lado, muito menos o outro. Apenas fico triste, pois tenho visto todos os dias dezenas de publicações como esta, principalmente por aquelas pessoas que confundem valores com preço. Num mundo em constante evolução, onde as pessoas tem estudado tanto as coisas existenciais, orientando-se por filosofias transcendentais, praticando mantras, técnicas de meditação e pedindo iluminação afim de atingir seu nirvana (estado de libertação atingido pelo ser humano ao percorrer sua busca espiritual), como é que elas ainda pensam tanto em si mesmas, recebendo mais que doando, pedindo mais que compartilhando, enfim, ainda é necessário muitos sansaras (ciclos de renascimento e mortes) até que a pessoa enfim entenda que é "...dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado..." Se você encontrou o amor, tem que cuidar dele, torná-lo pleno, sublime, superior a qualquer outra questão existencial. O amor deve prevalecer sob qualquer aspecto, principalmente fazer com que o amor seja liberto, feliz, harmônico, cúmplice, desapegado, fiel, verdadeiro, ou seja, incondicional. Ame todos os dias; conviva mais com as diferenças; reconheça seus erros e suas falhas humanas; peça perdão sempre que possível; agradeça a todos que lhe fizerem a menor gentileza, mesmo que seja desviar de você na rua; seja gentil e cortês com todos; esteja feliz e tranquilo em todos lugares, sejam eles simples ou sofisticados; caminhe por entre as pessoas sem julgá-las; curta o músico na rua, o artista na sinaleira, até a música que não é de sua preferência, pois ela pode ter uma mensagem pra você; ria com amigos, sozinho, de si mesmo; brinque com a caneta, com a bolinha de papel, com o ato falho que aconteceu; priorize a harmonia e viva a plenitude de seu ser. Queira menos, tenha menos, possa menos. Defenda mais obrigações do que direitos, defenda a natureza, os bichos, a água, o ar, a vida. Vamos fazer de nossa vida um exemplo para a vida dos outros, quem sabe a soma de nossos exemplos trará um mundo muito melhor para todos nós. Vá que, se nosso mundo for melhor, finalmente não venhamos a conhecer outros tão bons quanto o nosso. Namastê