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sábado, 7 de junho de 2025

Poeira

Fui, voltei, pra lá e pra cá.

Saí quantas vezes eu quis.

Fiquei por vontade, por desejo,

mesmo que sem sentido.

O que importava era estar,

compartilhar, sentir, vivenciar.


Pela ampulheta escorriam os instantes.

O fim do setênio iria chegar;

alguém precisava decidir:

virar, mudar, sacudir, tentar.


A areia escorreu, e ninguém mexeu.

O fim do ciclo chegou.

Aquilo que parecia infinito findou,

e agora fica ali, na estante, empoeirando.


Cabe a mim levantar do sofá,

sacudir a poeira

e colocar o objeto no baú das memórias,

que escorrerão por entre as frestas do tempo,

até um novo tempo começar.


@AdilsonDi