Vamos fazer diferente
Última semana de novembro, quase dezembro, chegando o veraneio, quase findando o ano. Novamente correria de compras, uma nova roupa íntima, velhas promessas quebradas, agora renovadas, que são reprometidas outra vez. Papai Noel de saco cheio, Jesus de olhos e ouvidos fechados, continua pregado na cruz. Ciclos encerram-se outros iniciam, uns partiram pra nunca mais, mas daqui a pouco tão ai, ou nem ai. Outros chegam, tiram-nos pra dançar, erguem-nos no ar e nos fazem flutuar, e a eterna dança da vida segue o baile ao som do vento, no clima do momento, em cada estação. O importante é ser feliz agora, agora, agora, de novo, aqui e acolá, pois na mecânica da sincronicidade da vida não existe pausas, sendo o tempo efêmero e implacável, e o que se deixa de experimentar hoje, talvez não vista bem amanhã, vire démodé, fique apertado, curto, brega, não sei o quê. Quem vai atirar a primeira pedra? Quem discará os números do perdão, do vamos recomeçar, do já não dá mais pra esperar?