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LIMBO

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Hoje não fui, mas em 2011 eu tava lá. Isso mesmo, há 5 anos eramos 300 e fomos quando todos diziam "isso não é comigo". Eramos meia duzia de gatos pingados dos mais variados matizes ideológicos, incluindo pessoas dos partidos da extrema esquerda. Saímos do marasmo cívico, tiramos a bunda do sofá e fomos protestar contra a corrupção. Não queríamos e nem precisávamos de nenhum impeachment, muito menos pedir cadeia para um ex presidente. Queríamos somente o fim da corrupção em todas as esferas públicas. Faz tanto tempo que podíamos ter mudado as peças do tabuleiro com nosso voto, mas não, foram lá e reelegeram os mesmos que já estavam há oito anos. Hoje penso, será que se tivéssemos mudado das peças pretas para as brancas, teríamos mudado alguma coisa? Acredito que não, pois bispos, cavalos e torres seriam as mesmas. Mudaríamos somente as cores, não suas essências. Então será que se mudar a rainha e o rei, de uma cor para outra diferente, vai ser tudo diferente? NÃO, não vai s

Dia da Mulher

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Até então era utopia, e quem diria, que um dia, a mulher iria conquistar tudo que lhe é direito. Ainda não é pleno, recém equipararam-se em algumas esferas, mas ainda ha muito que melhorar. Aquela que outrora lavava, passava, cozinhava, e cuidava dos filhos, hoje faz tudo isso igual e ainda concorre num mercado desleal, onde a sociedade patriarcal irmanada, ainda dita regras dentro de lojas, templos, confrarias, de forma injusta e desleal. Neste 8 de março louvo àquelas que  como você, meteram o pé no acelerador da vida e passaram por cima de todas barreiras e preconceitos, atingindo um nível satisfatório em suas relações de trabalho. Ainda há muito que se lutar. Findar com o conceito que mulher é só corpo e sensualidade. Findar com os estigmas que: dirigem mal, reclamam demais, e que se ao amar demais os demais são pejorativamente consideradas volúveis, infiéis. Mulher é tão capaz quanto qualquer homem, assim como qualquer homem também pode ter a capacidade de amar, cuidar do lar, l

As experiências mais gratificantes que tive foram proporcionadas pelas pessoas mais humildes que conheci

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Lembro-me como se fosse hoje de um caso especial que acontecia todo final de ano. Quando criança ficava numa ansiedade só, esperando pelo "Terno de Reis" que aquele senhorzinho fazia nas residências das famílias do bairro. Ele tinha mais de 100 anos de idade, escravo quando criança, era o chacreiro da área onde hoje é a Vila Pantanal, no Morro Santa Tereza. Durante o ano plantava, criava viveres e tinha a companhia de seus fieis escudeiros peludos (cachorros). Mesmo do alto de seu centenário ainda trabalhava vendendo hortifrutigranjeiros, ovos e ainda fazia pequenos serviços para as famílias do bairro. Sua aparência e vestimentas eram exatamente como a imagem do Preto Velho (aquele das estátuas nas floras e casas de religião de matriz africana, ou para os mais antigos, ele era parecido com o Tio Barnabé, do Sítio do Pica Pau Amarelo). No final do ano colocava sua melhor roupa, pegava sua gaita de oito baixos, colocava o palheiro no bolso e saia pelas casas do bairro fazen

O Calipso é a verdade do povo brasileiro

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"O Chimbinha é um guitarrista genial, eu particularmente fico ofendido. Sou escritor brasileiro. A língua brasileira é meu material de trabalho. Se vou gastar um adjetivo como GENIAL pro chimbinha, qual que vou usar pra Beethoven? - Ariano Suassuna"  Nada como ser um gênio, pois ser um jornalista "merdiático" que exalta exacerbadamente certos artistas, atletas e políticos, deveria ser crime, pois são seus textos rebuscados que acabam colocando tais personalidades num pedestal que em geral não merecem. Isso cria uma idolatria fatal que acaba deixando grande parte do povo brasileiro lobotomizado, tornando-os marionetes facilmente manipuláveis em suas escolhas futuras. Urge novos conceitos sociais baseados numa cultura anti-televisiva, onde os cultuados sejam realmente muito bons no que fazem, tais como os tais Beethoven, Suassuna ou Castro Alves que criam obras memoráveis tais como:  "Oh! Bendito o que semeia Livros à mão cheia E manda o povo pen

mais aulas de CIDADANIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL

Ha poucos dias fiz uma publicação falando das "frases mal colocadas" do nosso Secretario de segurança. Bom, não retiro o que disse, pois mesmo com a prisão dos principais expoentes do crime na cidade, ele falou uma grande bobagem que espero que não se repita. Quanto ao empenho das forças de segurança em retirar os chefões do crime das ruas, tenho a dizer que precisamos de muito mais, pois o tráfico ainda rola a solta em tudo que é canto, e ontem mesmo vi crianças de no máxim o 16 anos portando armamento e comercializando drogas nos arredores do Morro Santa Teresa e noutros cantos da cidade. Temos que avançar na questão educação e parar de querer implantar matérias exclusivas de condutas homo afetivas nas escolas, bem como diminuir aulas de religião e de outras baboseiras. Temos que incluir urgentemente matérias de CIDADANIA e RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL... o resto é hipocrisia, balela, conversa pra boi dormir... Educação sexual é apenas um dos vários temas da

meus calçados nostálgicos

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Andei descalço, usei sapatinhos de croché, sandalhinhas e botinhas ortopédicas. Usei havaianas, conga, bamba e kichute. Usei tênis marca diabo, tênis chulezento de meus irmãos mais velhos e outros que depois de estropiados por eles ficavam pra mim. Desenhei nos meus tênis yatch e num outro parecido que tinha cadarços. Comecei a trabalhar aos quatorze anos e finalmente consegui comprar meu primeiro adidas três listras (marathon). Usei all star, nike e outras marcas, mas logo em seguida comecei com botas west coast. Achei ter chegado ao topo do mundo quando usei tênis branco com meias brancas tipo jogador de tênis, mas o uniforme ficava ainda mais completo com bermuda branca e camisa polo com um jacarezinho no peito. Época em que ficar igual aos modelos de revistas masculinas (playboy, homem, penthouse...) era o supra sumo da soberba, pois ficávamos melhores do que éramos, mais bonitos, glamourosos com cara de rico. Ledo Engano, eu ostentava um status que não era a minha

Um instante a mais

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Por que comemoramos casamento, se com ele abro mão de minha liberdade em detrimento do compromisso  inexoravel de agradar para o resto da vida a pessoa o qual faremos juras de amor. Por que comemoramos um nascimento, se com ele vem inevitavelmente o crescimento demográfico, o aumento do consumo e a diminuição da oferta de leitos hospitalares, classes escolares, alimentos e espaços nas ruas. Por que comemoro aniversário, se ele significa que com o passar dos dias iremos nos afastando cada vez mais do que mais amamos (colo, brinquedos, ingenuidade, pais...) Por que comemoramos passar de ano e formatura, se com o fim do período letivo iremos nos despedir de nossos colegas e dos momentos de aprendizado e alegria que passamos com eles. Enfim, p or que comemoramos um momento a mais, se com ele estamos cada vez mais próximos do fim.