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As experiências mais gratificantes que tive foram proporcionadas pelas pessoas mais humildes que conheci

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Lembro-me como se fosse hoje de um caso especial que acontecia todo final de ano. Quando criança ficava numa ansiedade só, esperando pelo "Terno de Reis" que aquele senhorzinho fazia nas residências das famílias do bairro. Ele tinha mais de 100 anos de idade, escravo quando criança, era o chacreiro da área onde hoje é a Vila Pantanal, no Morro Santa Tereza. Durante o ano plantava, criava viveres e tinha a companhia de seus fieis escudeiros peludos (cachorros). Mesmo do alto de seu centenário ainda trabalhava vendendo hortifrutigranjeiros, ovos e ainda fazia pequenos serviços para as famílias do bairro. Sua aparência e vestimentas eram exatamente como a imagem do Preto Velho (aquele das estátuas nas floras e casas de religião de matriz africana, ou para os mais antigos, ele era parecido com o Tio Barnabé, do Sítio do Pica Pau Amarelo). No final do ano colocava sua melhor roupa, pegava sua gaita de oito baixos, colocava o palheiro no bolso e saia pelas casas do bairro fazen

O Calipso é a verdade do povo brasileiro

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"O Chimbinha é um guitarrista genial, eu particularmente fico ofendido. Sou escritor brasileiro. A língua brasileira é meu material de trabalho. Se vou gastar um adjetivo como GENIAL pro chimbinha, qual que vou usar pra Beethoven? - Ariano Suassuna"  Nada como ser um gênio, pois ser um jornalista "merdiático" que exalta exacerbadamente certos artistas, atletas e políticos, deveria ser crime, pois são seus textos rebuscados que acabam colocando tais personalidades num pedestal que em geral não merecem. Isso cria uma idolatria fatal que acaba deixando grande parte do povo brasileiro lobotomizado, tornando-os marionetes facilmente manipuláveis em suas escolhas futuras. Urge novos conceitos sociais baseados numa cultura anti-televisiva, onde os cultuados sejam realmente muito bons no que fazem, tais como os tais Beethoven, Suassuna ou Castro Alves que criam obras memoráveis tais como:  "Oh! Bendito o que semeia Livros à mão cheia E manda o povo pen

mais aulas de CIDADANIA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL

Ha poucos dias fiz uma publicação falando das "frases mal colocadas" do nosso Secretario de segurança. Bom, não retiro o que disse, pois mesmo com a prisão dos principais expoentes do crime na cidade, ele falou uma grande bobagem que espero que não se repita. Quanto ao empenho das forças de segurança em retirar os chefões do crime das ruas, tenho a dizer que precisamos de muito mais, pois o tráfico ainda rola a solta em tudo que é canto, e ontem mesmo vi crianças de no máxim o 16 anos portando armamento e comercializando drogas nos arredores do Morro Santa Teresa e noutros cantos da cidade. Temos que avançar na questão educação e parar de querer implantar matérias exclusivas de condutas homo afetivas nas escolas, bem como diminuir aulas de religião e de outras baboseiras. Temos que incluir urgentemente matérias de CIDADANIA e RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL... o resto é hipocrisia, balela, conversa pra boi dormir... Educação sexual é apenas um dos vários temas da

meus calçados nostálgicos

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Andei descalço, usei sapatinhos de croché, sandalhinhas e botinhas ortopédicas. Usei havaianas, conga, bamba e kichute. Usei tênis marca diabo, tênis chulezento de meus irmãos mais velhos e outros que depois de estropiados por eles ficavam pra mim. Desenhei nos meus tênis yatch e num outro parecido que tinha cadarços. Comecei a trabalhar aos quatorze anos e finalmente consegui comprar meu primeiro adidas três listras (marathon). Usei all star, nike e outras marcas, mas logo em seguida comecei com botas west coast. Achei ter chegado ao topo do mundo quando usei tênis branco com meias brancas tipo jogador de tênis, mas o uniforme ficava ainda mais completo com bermuda branca e camisa polo com um jacarezinho no peito. Época em que ficar igual aos modelos de revistas masculinas (playboy, homem, penthouse...) era o supra sumo da soberba, pois ficávamos melhores do que éramos, mais bonitos, glamourosos com cara de rico. Ledo Engano, eu ostentava um status que não era a minha

Um instante a mais

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Por que comemoramos casamento, se com ele abro mão de minha liberdade em detrimento do compromisso  inexoravel de agradar para o resto da vida a pessoa o qual faremos juras de amor. Por que comemoramos um nascimento, se com ele vem inevitavelmente o crescimento demográfico, o aumento do consumo e a diminuição da oferta de leitos hospitalares, classes escolares, alimentos e espaços nas ruas. Por que comemoro aniversário, se ele significa que com o passar dos dias iremos nos afastando cada vez mais do que mais amamos (colo, brinquedos, ingenuidade, pais...) Por que comemoramos passar de ano e formatura, se com o fim do período letivo iremos nos despedir de nossos colegas e dos momentos de aprendizado e alegria que passamos com eles. Enfim, p or que comemoramos um momento a mais, se com ele estamos cada vez mais próximos do fim.

Pedras na vidraça

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Sabes do meu respeito pelo amigo, mas o que está nas ruas não é meramente um bando de analfabetos políticos, muito ao contrário, são jovens que estavam atras de telas de computador absorvendo todo tipo de informação possível, ouvindo ao longe seus pais reclamarem o tempo todo que não tem grana pra isso ou para aquilo. Quando saiam às ruas esperavam quase uma hora para pegar um ônibus, entravam na lata de sardinha, ficam de pé, com um monte de gente mal intencionada bolinando meninas e batendo carteiras. Chegavam em escolas precárias que vão desde fachadas horríveis, a classes quebradas, banheiros imundos, sendo atendidos por professores insatisfeitos que mais reclamam do salário do que dão aulas. No intervalo vão encontrar centenas de outros jovens que em casa sofrem todo tipo de humilhação e abuso, sendo que alguns extravasam refletindo suas vivencias de forma violenta, tanto física quanto emocionalmente sob os demais. Aos poucos juntam-se afinidades e ai vão se formando gangs (bond

Vamos colorir a vida

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kkkkk, sábado, vou te contar. Acordei vendo quanto a maioria dos brasileiros tem medo de descobrirem que são gays, sim, vieram com palavras de ódio a quem quis entrar num simples brincadeira de colorir suas fotos. Soltaram todo tipo de verborreia para quem simplesmente soltou a criança dentro de si. Talvez tentando encontrar o pote no fim do arco-iris, talvez colorindo suas fotos como estes livrinhos que estão disseminados por todos os cantos ou realmente apoiando a liberdade que foi conseguida a muito custo dentro do país que se diz a maior democracia do mundo, mas que somente as custas de um único cidadão que não sossegou enquanto não teve o nome de seu falecido marido aprovado pela Suprema Corte Americana na certidão de óbito, afim de dividir o espólio que certamente construíram juntos, mas que provavelmente estava preso pelo estado em nome de uma legislação restritiva e retrograda. Enfim, vimos aqui a clara demonstração de intolerância religiosa propagada por ditos cristãos, sim,