No dia 30 de abril, fui à missa das 10 horas em uma capela local. Na ocasião, um padre novo celebrou uma missa diferente, durante a qual apresentou o calendário católico para os meses de maio e junho. Entre as atividades destacadas, estava a prática de rezar o terço ou o Rosário em novenas pela comunidade.
Embora eu não costume participar com frequência de missas e outras atividades da igreja, decidi comparecer naquela manhã em busca de conforto espiritual e para me sentir conectado com minha mãe e outros entes queridos que já partiram. Também tive a oportunidade de confraternizar com a comunidade presente.
Ao final da celebração, meu amigo Emerson — responsável pela harmonia musical da missa — informou ao padre que eu faria aniversário no dia seguinte. Todos os presentes então me dedicaram orações e vibrações positivas, um gesto que foi profundamente emocionante e significativo para mim.
Sou responsável pela zeladoria de uma casa que foi de meus pais, onde minha mãe esteve até o fim de seus dias. Embora ela tenha partido há bastante tempo, minha irmã ainda mantém muitas de suas coisas guardadas, como roupas, objetos pessoais e várias imagens de santos. Em uma conversa recente, nós dois observamos uma escultura em gesso de uma santa e pensamos em colocá-la em uma pequena capela no jardim da casa. Após essa conversa, minha irmã se despediu e foi embora.
Na sexta-feira, 12 de maio, acordei com o desejo de fazer uma longa oração e rezar um terço. Pouco tempo depois, minha irmã me ligou avisando que estava a caminho da minha casa, trazendo a capelinha que havia comprado no trajeto. Recebi a capelinha, ainda embalada, e a guardei sem mexer nela naquele dia.
No sábado, 13 de maio, contratei uma pessoa para cortar a grama e cuidar do jardim. Quando ele terminou o serviço, instalei a capelinha no pátio da frente e coloquei dentro dela a imagem da santa que havíamos comentado, junto com uma imagem de São Jorge. Tirei algumas fotos para enviar à minha irmã. Eram exatamente 11 horas e 56 minutos quando postei as fotos no grupo da família no WhatsApp. Ela elogiou as fotos, e outros parentes também reagiram com carinho.
No domingo, 14 de maio, após celebrar o Dia das Mães com a família do meu irmão, voltei para casa e comecei a navegar pelo Facebook. Foi então que vi uma homenagem a Nossa Senhora de Fátima. Ao ler a publicação, percebi que o dia 13 de maio é a data comemorativa dedicada a ela. Na mesma hora, conferi a foto da imagem da santa que eu havia colocado na capelinha e me dei conta, com um misto de surpresa e emoção, de que a instalação havia acontecido justamente no dia de sua celebração.
Fiquei profundamente tocado por essa coincidência — ou talvez, sinal — que trouxe uma sensação de conexão espiritual e significado maior. Senti que havia prestado uma homenagem sincera à santa, mesmo sem estar consciente da data.
Essa experiência me levou a refletir sobre como, às vezes, somos guiados por uma força maior. Foi incrível perceber que, de forma completamente espontânea, realizei um gesto tão significativo. Acredito que minha mãe — uma mulher muito religiosa e devota de Nossa Senhora de Fátima — possa ter me inspirado a viver essa experiência. Talvez tenha sido ela quem me guiou até a missa no dia 30, ou quem me impulsionou a seguir aquele calendário apresentado pelo padre.
As orações e boas vibrações que recebi naquela missa também parecem ter feito parte desse caminho. Tudo isso me mostrou o quanto é importante estarmos abertos às surpresas da vida e como é essencial confiar na força que nos guia e protege. Mesmo quando não sabemos qual é o nosso destino, podemos confiar que estamos sendo conduzidos por algo maior — e que, muitas vezes, a ajuda vem de onde menos esperamos.
Ao rever a foto da santa na capelinha, senti como se ela estivesse ali, com as mãos estendidas em sinal de bênção, irradiando uma luz serena e uma paz interior incomparável. A imagem me levou de volta à infância, quando minha mãe me levava à igreja para rezarmos juntos. Nossa Senhora de Fátima era uma de suas santas favoritas, e ela sempre compartilhava histórias emocionantes sobre os milagres atribuídos a ela.
Tomado por uma onda de serenidade e gratidão, percebi como é valioso manter a fé viva, mesmo diante das dificuldades da vida. Aquela imagem me lembrou que, aconteça o que acontecer, a fé sempre será um guia e um consolo.
Por isso, decidi compartilhar essa experiência com vocês. Espero que ela possa tocar o coração de cada leitor e renovar a fé em dias melhores. Que Nossa Senhora de Fátima continue nos abençoando e nos mostrando que não estamos sozinhos, mesmo nos momentos em que tudo parece incerto.
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!
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