A Turma do Beto nasce no Dia Nacional do Voluntáriado


Este dia tem uma energia especial em vários sentidos, pois alem de ser o Dia Nacional do Voluntariado, algo que revolucionou minha vida, mas também, a madrugada em que aconteceu um longo e belo eclipse lunar. O fenômeno da natureza veio para coroar de êxito a passagem do aniversário de Ganesha e Goethe, mas também comemorar o dia do filosofo, base de todo conhecimento político, mas nenhum deles vai ser tão importante e famoso quanto o nascimento da Turma do Beto.

Há tempos tenho percorrido o caminho do voluntariado, sem conhecê-lo mais profundamente, e no inicio da gestão do governador Germano Rigotto, ao qual tive o prazer de assessorar, eu recebi de um visinho, a missão de ajudar uma creche na região da Grande Cruzeiro, uma das maiores favelas do sul do país.

Tudo foi muito estranho, minha função no governo era totalmente burocrática, pois na época recepcionava as pessoas na porta do gabinete, portanto, sem nenhum trabalho voltado a política social, que eu sempre tive vontade de fazer e nunca consegui, nem mesmo no meu partido (PMDB), que há muito perdeu contato com a população, transformando-se tão somente numa ferramenta cartorial para preencher listas de indicação aos pretensos candidatos a cargos eletivos.

O Paulinho tem um perfil extravagante, sempre falando em altíssimo tom de voz, praticamente gritando o tempo todo, e do outro lado da rua ele dirigiu a palavra para mim, dizendo que eu precisava ajudar a creche onde os filhos do cunhado dele estavam, pois era um lugar com muitas crianças e sem infra-estrutura. Respondi a ele que eu não tinha muito o que fazer, pois não era minha responsabilidade este tipo de trabalho. Mas a insistência dele me comoveu e resolvi ajudar a creche. Chamei meu amigo Ratão, carregamos o carro de alimentos e nos dirigimos ao local. Chagando lá, em carro oficial, vestidos de terno e gravata, surpreendemos os professores que acharam tratar-se de fiscais que iriam fechar o lugar. Tadinhos.

Neste lugar conhecemos uma pessoa que dedica sua vida ao trabalho com crianças em situação de vulnerabilidade social, e que nunca teve tempo de organizar-se, foi quando eu conheci que eu podia muito mais, e deste momento em diante minha vida transformou-se, pois alem de mudar a vida desta pessoa que cuidava das crianças, eu mudei a consciência de uma comunidade inteira que dependia desta creche. Os trabalhos se multiplicaram e hoje são inúmeras atividades e resultados.

Este trabalho me influenciou tanto que já prestei assessoria para outras tantas pessoas, ao qual ensinei a se organizarem em associações, cooperativas, ONG´s e etc.

Face a este conhecimento adquirido, e a necessidade que todo ser humano tem de ajudar, resolvemos neste dia, propor uma nova forma de educar a cerca da responsabilidade social, criando a Turma do Beto.

Este nome é devido a grande maioria de meus amigos, terem um dia confraternizado comigo no Bar do Beto, ou até mesmo me conhecido lá. O nome também é uma homenagem ao grande sociólogo Humberto de Souza, o Betinho, que revolucionou a forma de fazer política social no país, e outra, toda organização que tem este nome tende ao sucesso, como é o caso do Sítio do Beto, Beto Carreiro Word e outros. Você em breve terá mais noticias de Beto e sua turma.

Gostaria de dizer a todos voluntários do mundo, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Betinho, Zilda Arns, José Lutzemberger, irmã Elza Dalmolin, Denise Miceli e outros tantos, que o a disposição pessoal de cada individuo é fator primordial para a revolução que ira mudar as estruturas de nosso planeta.

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